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sábado, 11 de julho de 2009

Portais e Portais, aldravas-Clevane Pessoa









Amigos marianenses:Lázaro Barreto ,Poeta e escritor-mor de Divinópolis,MG comenta os poemas sobre portas e aldravas, escritos para os amigos aldravistas de Mariana, a primaz mineira..

Em:

http://www.clevanepessoa.net/blog.php

http://jornalaldrava.com.br



29/10/2007 01h12
Portas, Portais, Porteiras...Aos aldravistas de Mariana, MG


Porta Nova em Casa Velha

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


para JB Donadon-Leal,
que coloca gênero novo em poiesis antiga: portas, portais, porteiras...

na madrugada de 15/09/2007
(Do novo livro em construção, Portas, Portais e Porteiras)

Porta & Aldrava
(Para Gabriel Bicalho, diretor do jornal Aldrava, que sabe bater à porta da Poiesis)
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
A Aldrava crava sons cravos na espess ura da porta.
Sons agudos, sons c avos na tessit ura da aorta
-a veia maior, a que acompanha a sonância
da sístole
da diástole
e mesmo da extra-sístole
-aquela a mais.
Ansiedade
de
desconhecer quem virá
atender
e

de que forma será tratado, destratado, esperado
ou expulso - seja anjo ou demo
pura demonstração
de que, monstro ou puto de igreja
nem sempre, por detrás da porta
esterá aquela pessoa que se deseja.

A porta é uma aorta
que conduz o medo do degredo
e a esperança sem limitações.

A aldrava é uma vaga espécie de sino
com muitas formas diversas.

Há quem bata de qualquer maneira.
Há quem tenha aprendido a bater
e acalmar a ansiedade.

E alguns sabem quando ir embora,
sem demora,
por pura precaução.
E muitos, fogem em diparada
por medo de assombração.

A aldrava, impávida, estática,
somente entra em ação
se a toca qualquer mão...

Enfrenta o tempo impassível
e não decodificável.

E per/dura, dura guardiã,
século após século.
na madrugada de 15/09/2007
(Da série, Portas e Portais)

Portas e Portais
(Para Déia Leal- Andréia Donadon Leal-cujos olhos de pintar e as mãos de vi/ver, sabem das diferenças)
Clevane Pessoa de Araújo Lopes


Nunca se sabe o há que atrás de uma porta,
se um príncipe encantado, se a Moura Torta,
se a vida continua ou se a Morte já entrou.
A expectativa faz o coração galopar,
corcel de ventania, salamandra de fogo,
-ser bem ou mal recebidos, que importa
se todos os dias, a soleira não se lava,
mas se for lavada, a mesma entrada será?
Atrás da porta, uma mesa posta, uma mala feita,
o falso carinho, a afeição genuína...
Bater, campainha ou aldrava,
com os nós dos dedos,avisar
da chegada, no momento preciso.
Chegar e abrir, um ato de coragem
desapercebido e necessário,
no cotidiano dos vivos, sinais...

Aos que partem para a outra dimensão, portais...

em 15/09/2007, Madrugada (1:45h)

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Nos filmes antigos de castelos e duendes a imagem da aldrava brilhava na escurridão ambiente, prenunciando os adventícios horrores e terrores que, em vez de nos horrorizar e aterrorizar, nos encantavam pelos auspícios, prenúncios e indícios de esclarecimentos de tantos mistérios que habitavam(e habitam) nosso subconscinte. Louvor, pois, ao poema de Clevane, louvando o movimento literarios aldravista de Mariana, que logo no início de seus portais já elimina os elementos mórbidos do filme de terror, para descortinar o que há de mais fúlgido e belo dentro dos castelos de sonhos e venturas de antigamente, onipresentes no clima marianense. Parabéns a todos! Lázaro(*)

O amigo Lázaro Barreto,grande prosador e poeta mineiro de Divinópolis

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Querido amigo Laz:atualmente, o que vc escreve, é uma espécie de remedinho , para alegrar-me com suas doses de luz...
Obrigada;
Cle

Essses poemas foram publicados na antologia Poetas do Brasil, organizada por Ademir Bacca, do Proyecto SUR-Bento Gonçalves.

Imagem: flutuante.files.wordpress.com/.../aldraba2.jpg

A imagem pode ter direitos autorais.

Veja abaixo a imagem em: flutuante.wordpress.com/2009/01/

"Aldrava ou aldraba, do árabe ad-dabba"

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