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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cingapura, China e Brasil-três autores comentam-fotografia de Lu Peçanha


Cingapura, China e Brasil-três autores comentam-fotografia de Lu Peçanha(Postado por Clevane Pessoa de Araújo Lopes em 3 junho 2010 às 15:30 )




A bela foto, de idoso em asilo, é da fotografa brasileira e poeta visual, Lu Peçanha (em 25/05/2010).


Plynio:

Respondi abaixo dos dois textos que envia.
Abraço de feriado:

Clevane


Em 3 de junho de 2010 03:20, Plínio_Sgarbi /font>plynio@uol.com.br> enviou-me :



"ACONTECEU EM CINGAPURA.


Um Militar, com mão de ferro, assumiu o comando do país. Em meses, dos cerca de 500 mil presidiários sobraram somente 50. Todos os outros (criminosos confessos) foram fuzilados. Todo homem público (político, policial, etc) corrupto foi fuzilado (Existiam milhares de provas contra eles). Todos os empresários ladrões foram fuzilados ou fugiram rápido do país.
Aquela multidão de drogados que ficavam dormindo nas ruas, fugiram desesperados para Kuala Lampur, ou seriam fuzilados. Tinha uma mensagem de televisão onde o novo governo avisava que o país estava com câncer e que a única solução era extirpá-lo. Tipo, se algum parente seu foi extirpado, compreenda, ele era um câncer para a nação.
Depois de ter feito toda a limpeza no país, reorganizado o sistema político, judiciário e penal, esse militar convocou eleições diretas e se candidatou para presidente. Venceu as eleições com 100% dos votos.
Hoje, Cingapura é um dos paises mais seguros de se morar. Já no avião, a ficha de desembarque tem um "DEAD" (morte) bem grande em vermelho e a explicação da penalidade sobre o porte de drogas. Com zero virgula nada de cocaína encontrada, o sujeito ou é sumariamente fuzilado, ou é condenado a prisão perpétua com trabalhos forçados.
Um surfista brasileiro, tentou entrar em Cingapura com uma prancha de surf recheada de cocaína. Óbvio que ele traçou a sua própria morte. E a mãe do jovem traficante apareceu na TV pedindo para o Lula interceder pelo filho, não adiantou nada.
Nos hotéis, os "Guias da Cidade" tem uma página explicando que a polícia de Cingapura garante a integridade física de qualquer mulher 24 horas por dia (isso porque na antiga Cingapura, sem lei e ordem, as mulheres que saíam sozinhas eram estupradas).
O chiclete é proibido em Cingapura, pelo simples fato de que, se jogados no chão sujam as calçadas da cidade. Ano retrasado, a secretária local de um amigo, que estava fazendo um trabalho por lá, foi seguida pela polícia desde sua casa até o trabalho. Quando chegou no trabalho ligou a seta do carro para entrar no prédio, a polícia deu-lhe sinal para que ela parasse. Um dos policiais veio até a janela do seu carro e disse: "Como a Sra. sabe, estamos fazendo uma campanha de civilidade no trânsito. E a Sra., em todo o trajeto da sua casa até aqui, não cometeu nenhuma infração. Parabéns! Aqui está um cheque de 100 dólares e pediria para a Sra. assinar o recibo, por favor.
Sabem? O BRASIL tem solução, basta importar um parente desse militar que tenha as mesmas características."
retirado do blog: http://betocritica.blogspot.com/2010/06/aconteceu-em-cingapura.html
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Meu comentário(de Plynio):


"Tudo bem que Cingapura é do tamanho de Florianópolis.
Mas...
E na China?!!!
A China com 7, 8, 9 ou 10 vezes mais habitantes, os crimes representa apenas 10% dos crimes praticados nas grandes cidades e nas demais nações. Sejam elas, populosas ou não.
Para quem estiver a passeio ou tratando de algum negócio na China, é comum não ver policiais a não ser no aeroporto e ferroviárias para cuidar de questões de entrada de passageiros de outras províncias e países. Várias cidades na China possuem mais ou menos a mesma quantidade de habitantes que São Paulo, 10 milhões de pessoas, com o mesmo tipo de problemas que uma cidade desse porte tem, mas com uma única grande diferença: Na China não existe nenhum medo de violência. Qualquer tipo de arma é proibido até para guardas locais, sendo apenas liberado para o exército.
Na China não há carros-fortes para transportar dinheiro. É um carro normal com apenas dois funcionários que fazem o transporte. É muito comum ver na fila do banco uma pessoa depositar ou sacar naturalmente US$10.000 e sair tranqüilamente pela rua.
Deng Xiaoping, herói da modernização chinesa, com pouco mais de 1,50 de altura, 92 anos, sem nenhum apreço por ideologias, nunca achou que um regime de liberdade política pudesse manter nos trilhos uma população de mais de 1 bilhão de habitantes.
Sempre nos colocamos com certos preconceitos em relação a ditaduras e censuras sobre um povo. população. Porém, de certa forma, pode haver alguns sentidos no Regime Chinês com uma população de 1,3 bilhão de habitantes vivendo em um sistema antidemocrático e sentindo-se feliz e, porque também não dizer, "livres" no ir e vir em comparação, por exemplo, com cidade do Rio de Janeiro ou São Paulo. Para organizar a sociedade de modo que melhore a situação da violência seria necessário tratar o mal pela raiz, e para isso deve-se começar mexendo num dos maiores vespeiros do sistema brasileiro: a corrupção.
Na China como também em Cingapura não é freqüente a cultura da desobediência. A maioria das pessoas continua confiando plenamente em seus líderes. Claro que existe mil defeitos e críticas em não se deixar uma pessoa pensar e dizer o que quer. Mas creio que uma ampla liberdade política na China não iria conseguir manter nos trilhos uma população de mais de 1 bilhão de habitantes.
Em relação à violência, um governo conseguir com que praticamente um bilhão de pessoas não sintam o sentimento de medo de violência é realmente para pararmos para pensar.
E... do Brasil de então do AI-5, o mais cruel dos Atos Institucionais, interessante analisarmos para "os dias de hoje", o art. 8º do AI-5 em que foi instituído, considerando o Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964 que visava a dar ao País um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, "assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana", no combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, "na luta contra a corrupção", buscando, deste modo, "os. meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direito e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional da nossa pátria".
Diz o Art 8º - "O Presidente da República poderá, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista", sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
...dos parágrafos do AI-5 tanta gente no rol / nos abrigos, telhado de zinco rolava sexo, droga e rock and roll / outros fugiram do batente / da mesada do pai / seguiram na viagem / opção estudar, protestar, um político vertente nas passeatas paisagens / profissão vadiar nas barganhas de vantagens / outros sistemas hoje cravados na tez / outras marias e clarices choram por tanta gente que partiu / aqueles em que ser livres fingem / nas mãos o tremor, AR-15 / tingem o caminhar de tantos pés... (integra do texto: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/47858 ).-
É o que eu penso."


_Plínio Sgarbi

Assepsia: Assepsia é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte isento de bactérias - Prática que visa a reduzir a contaminação (por bactérias, vírus, fungos e outros parasitas) - Ausência de infecção - Método empregado para impedir que um determinado meio seja contaminado - Ausência de organismos patogênicos -


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E escrevo, então:


Olá, amigo poeta, Plynio Sgarbi !

Você, sempre muito preciso em seus comentários.Sobre a China, tenho acompanhado em documentários e lido, é realmente interessante e viável que a consciência do coletivo habite as pessoas e produza resultados.
Violência é quase sempre fruto de revolta , carências, invejas e falta de respeito pelo Outro, em especial quando se está acima, hieráquica ou politicamente, dos que existem numa vida paralela e às vezes até desconhecida :quem conhece de fato os que sobrevivem dois lixões?Os moradores e rua?Os lixões deveriam existir?Os sem teto não deveriam ter abrigo?
Minorias bem intencionadas, ONGs e OCIPS, geralmente conduzidas por pessoas humanitárias, quando dão bons frutos, começam a aparecer ,indicadas para prêmios e até transformadas em propaganda dos donos do poder ou eleitoral. Apropriação de trabalho efetivo e desprendido...E existe, nesse milênio brasileiro, um patente e indesejável não respeito pelas propriedades alheias , sejam elas imateriais ou não.
Se um filho chega em casa com algo que não lhe pertence, os pais se calam , porque há uma necessidade mais premente que qualquer ensiamento de lei ou moral.A "educação familiar", antes muito procurada e exercida, desde que os pais fossem dignos e tivessem vontade, que elevava criaturas simples ou pobres (falo da pobreza digna) ao patamar dos bem educados em bancos escolares, desaparece paulatinamente.A escola, então, antes sinônimo de aprender e apreender o que era necessário, sofre cânceres vários, mas quem consegue extirpá-los de fato?Ins colocam câmaras para filmar recreios, salas de aula.E a violência decresce.Como assim?”Ah, os piores saem da escola, os outros agora brigam menos”, conta uma orgulhosa diretora a uma reportagem .E os que saíram, para onde vão?O que estão fazendo ? O problema então foi resolvido apenas in loco.Fora dos portões, quem se importa cm a juventude estilhaçada ? Algemada a vícios e usada por tantos?
Soube de professores de hoje, apavorados, surtados, se enfiam sob a cama, para não serem obrigados a lecionar, ameaçados por crianças, púberes e adolescentes.Por traficantes que jogam bombas caseiras nas escolas ou surram -nos quando querem ir para casa descansar. Cansados e frustrados , vêm ser negados os ideais, frustradas a Didática,a Metodologia, tudo que cursaram e introjetaram em sua formação,como recurso na lida com jovens.Há também , no corpo docente,os professores sádicos, pedófilos, há o bullying, e a drogadição de ambos os lados.Não adianta aparecer na Tv e falar ,contextualmente contra o crack: quem luta nessa área, sabe que não é suficiente falar sobre algo.Há muito "que fazer".Teorizar dificuldades, todos podem fazê-lo, dos doutores e pós doutores em tudo mais, aos homens do interior , capazes de conhecer causas e consequências daquilo que lhes diz respeito e á sua comunidad e discorrer sobre elas.Quando morei no Norte, um idoso se acercou e me disse:--Senhora, deixe eu lhe contar a história dos meus padecimentos." Olhei aquele rosto moreno e desidratado, com teias de aranha de rugas a desenhar-lhe os sofrimentos gravados e a honra, e a solidariedade . E eu o escutei, por mais de uma hora , falou-me sem parar, :uma lúcida e consistente análise de porque nem tudo acontece como se quer, uma lição de vida a nível pessoal e comunitária...
Quem ouve o povo? De verdade?
Escuta-se em campanha queixas anotadas por algum assessor ou cabo eleitoral, recolhe-se solicitações em papeizinhos dobrados.Muitos pedem trabalho.Deveria ser um sinal para início de ação: desemprego zero, que tal? Depois do período eleitoral, eleito,o novo dono do poder chega ao microfone para impor medidas ditadas . Cada ser humano é único, cada região tem suas características, cada faixa etária requer cuidados diferentes, cada comunidade obteve sucesso em alguns campos-qual, por exemplo, uma rede de vizinhos solidários, a reforma de uma escola, os voluntários doando seu tempo aqui e ali-conseguiu superar efeitos de catátrofes naturais.Há o que aplaudir, há o que dar continuidade -mas, em vez de incentivarem efetivamente fornecendo o necessário para a manutenção dos projetos em andamento quem realmente trabalhou por uma causa comum, é deixado de lado, pois ele sabe o que fazer, pensarão, esquecendo de que os seres precisam de incentivo, elogio e condições viáveis, até para ser bom e ser útil.
Muitos cidadãos bem intencionados, abandonam trabalhos fantásticos, com jovens, com vizinhos sob a pressao intrafamiliar , de vizinhos acomodados, ou de pés no chão da realidade ou de patrões:"não perca mais seu tempo com isso", parecem dizer.Ou dizem.
Estude-se histórias de vida dos que se arrastam para casa em greves de condução.Anotem as dificuldades de quem estuda e trabalha.De cadeirantes.Dos que têm fome, dos que estão morrendo em pé...
Percebe-se um país em que os filhos, de tantos brasis diferenciados uns dos outros, andam bastante à deriva. Hoje, todos podem comer frango e dar iogurte aos filhos, apregoa-se.Mas as famílias que na roça tinham a felicidade em seu sentido mais lato, de trabalhar, ser fraternal, transmitir cultura oral, migram para as grandes cidades estimuladas pela propaganda das Tvs e rádios:o consumismo tem bocas vorazes e muitas cabeças.Sem poder conta com a troca,a solidariedade, quando percebem que não há escambo com um sorriso nos lábios e que aluguéis , energia elétrica, em tantas tarifas levam tudo que ganha-e que passa a comer mal- os provedores encolhem.Há os que bebem aguadente antes de vir para casa e enganar a fome e poder trazer um pouco de leite ou pão um feijão barato ou umas verduras de xepa.Há os jovens que roubam para adquirir objetos de desejo. Pode-se matar por um tênis de marca nos pés de um rapazelho inocente que mora num condomínio e nem sabia que existe uma miséria num país que é seu.E que ele ama.Um país do futebol, do samba.Verde ,amarelo, azul e branco.Então é chutado até à morte, quando chegava da escola, boletim de boas notas na pasta de griffe sentindo-se o melhor dos filhos.O agressor também já apanhou, foi chutado, disseram-lhe que não presta.Em casa. Depois, ele e sua turma de apoio se reúnem e viajam para esquecer, detonando neurônios e esquecendo as noções mais básicas de dignidade e desconhecendo a esperança em melhores dias...
Sim , há ótimos alunos de famílias pobres.Mas justamente quando deveriam ser premiados e passar para uma Universidade, precisam trabalhar, tentam conciliar trabalho e estudo, “trancam matrícula”, vêm o que tem posses ter todos os recursos audiovisuais para fazer um ótimo trabalho e obter uma boa nota e ele, em casa, senta-se no chão para escrever...
Duro demais? Sim , falo de extremos.São as pontas que medem o meio.
Que fazer? Quantos de nós já tentaram algo efetivo? Quem é que tem de mudar esse enorme país? Em muitos momentos de minha carreira, vibrei com os ganhos de comunidades positivas e pessoas de Bem.Mas também assisti ao adoecimentos das células sociais, das pessoas enquanto indivíduos com a auto estima abaixo do nível mínimo de tolerância....O que dizer dos asilos para idosos? Muitos foram recolhidos a céu aberto, outros trazidos por familiares e vizinhos,.Mas quantos escolhem morar ali, para não atrapalhar a vida de novas gerações , de quem trocaram fraldas, acalentaram ,velaram febres, que alimentaram, com quem brincaram...”O apartamento é pequeno, vim para cá para não atrapalhar”, conta uma senhora.Quantas histórias estarão por traz dessa fala simplificada ao extremo? Noutro dia, nós, Poetas pela Paz e pela Poesia , estivemos num desses abrigos.A sensação de solidão é tamanha, que saímos impactuados, embora ali haja profissionais competentes, estagiárias, recreadores.Aparentemente, harmonia e paz .Mas e o mundo de dento de cada um , com seu mar de lembranças, sés poços de amargura, suas ruas de saudade, suas tempestades de revolta? E a dor de azulejo quebrado para sempre, no fundo dos olhos baços?
Ah, não estou sendo apenas amarga, não.Toda a vida, estive ,enquanto cidadã e psicóloga, funcionária de serviço público, nesses grupos minoritários que lutam por seus compatriotas carentes- ensinando a buscar o melhor , empoderando, levando arte, poesia, moral e dignidade, auto estima possível, e , claro, na maioria das vezes, obtive êxito, pois cercava-me de pessoas do bem, capazes de se doar simplemente como quem respira . Conheci as pessoas mais incríveis em meio a atrozes sofrimentos , cuidei de mulheres vitimizadas por seus homens, e à minha mente só chegava , em dadas escutas, os versos de D.Helder Câmara (*)( abaixo) sofri junto, levei o melhor de mim e ainda assim , foi tão pouco,tão precário, dada a necessida absoluta de um povo com Câncer, vários, esses de quem vos fala os autores dos textos acima.
"Há criaturas como a cana: mesmo postas no moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura" (*)
(*) In Mil Razões para viver: meditações do padre José‎ - Página 34, de Hélder Câmara - Publicado por Civilização Brasileira, 1978

Também gostaria de reafirmar minha esperança em reconstruções.Qual um país pós guerra, nesse nosso, onde se diz que não há guerra e em cada canto há um pequeno grande combate, em campo de batalha urbano ou rural, precisa levantar-se.Tão belo e tão precário.Tão forte e tão fragilizado!

Termino sabendo que poderia escrever por horas, com mais duas falas de D.Helder Câmara, que anotei em março de 1986-e tão válida quanto se as tivesse escrito agora, nesse novo milênio e após ler meu desabafo .São sobre “especializações’, bem mais efetivas em nosso caso brasileiro, que uma formação “MBA”.Claro, sou uma intelectual, aprecio o poder do conhecimento e sua necessidade, mas conheço a realidade tanto quanto o empirismo :

“Especializa-te em tentar descobrir em toda e qualquer criatura o lado bom que ela possui-ninguém é a maldade concentrada.

-Especializa-te em tentar descobrir toda e qulaquer ideologia e alma de verdade que ela carrega no seio –a inteligência é incapaz de aderir ao erro total”

D.Helder Câmara

E solicito a quem chegou até aqui, que releia o que escrevemos,m cada qual focando num ponto ou em pontos álgicos de uma brasilidade destroçada: o que é que se pode fazer? Uma população tão acolhedora de natureza, dada a miscigenação extremamente duplicada de nossa “raça”, poderia conscientizar-se mais, exigir mais e conseguir mais?De que maneira?Por onde começar? Com quem na relação de ajuda?Onde?Quando? Pensem nisso!

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, Minas Gerais, 03 de junho de 2010-06-03

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