sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
A ESPERANÇA NÃO MORRE-Andreia Donadon Leal
Vaso - óleo sobre tela - Deia Leal - 2009
A ESPERANÇA NÃO MORRE
Andreia Donadon Leal
2009 despediu-se com muitas chuvas e famílias desabrigadas. 2010 mal chegou e as tragédias climáticas prosseguem com mais violência destruindo vidas, moradias, pousadas, partes de cidades; espalhando medo, insegurança, morte e sofrimento. O ano chegou com fortes enxurradas que alagaram muitas ruas de lama e de sangue. As águas arrancaram em poucos minutos pedaços de asfalto e chão de terra batida, derrubando e levando partes de casas, de prédios, de escolas e de pessoas como se fossem barquinhos de papel flutuando nas águas turvas da correnteza. A natureza entrou em pane. É fato e não delírio.
Os jornais não têm noticiado outra coisa. O mundo está voltado para as tragédias climáticas. William Waack começa o Jornal da Globo de cenho cerrado com o seguinte pronunciamento: “o medo agora vem do céu”... A previsão de tempestades importantes no início de 2010 tem alarmado os moradores do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Um deslizamento de terra soterrou uma pousada na Ilha Grande, em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. Mais de cinquenta pessoas morreram soterradas, na cidade e nas ilhas. As chuvas também ocasionaram o desabamento da ponte do Rio Jacui no Rio Grande do Sul causando mais vítimas.
Algumas tragédias climáticas podem ser prevenidas antes de acontecerem. Quais medidas poderiam ser tomadas? Uma política de planejamento, explica uma especialista. Novamente as políticas: prevenir antes de remediar. Os gastos financeiros em casos de tragédias ocasionadas por acidentes climáticos severos são exorbitantes. O desgaste emocional dos sobreviventes irreparáveis. Em caso de morte em escala maior não há remédio e sim a desculpa esfarrapada das autoridades públicas. A culpa sempre vem de cima para baixo. O Governo culpa o Estado que culpa a cidade que culpa o morador da região (que construiu em uma área de risco). – “As autoridades foram notificadas e tinham que despejar os moradores das áreas...” Sim, a corda sempre se arrebenta do lado mais fraco e esse jargão popularíssimo continua valendo em nosso país, desgraçadamente. Esse tipo de tragédia pode ser alertado pelo satélite GOES-12 (aparelho que emite alerta de catástrofes climáticas) que cobre a América do Sul a cada trinta minutos. Porém, a NOAA pode optar por imagear somente os Estados Unidos em casos de tornados, furacões ou tempestades severas naquele país. Nessas circunstâncias as imagens da América do Sul serão garantidas gratuitamente a cada 3 horas por acordo com a Organização Mundial de Meteorologia. Nesse caso o Brasil corre o risco de ficar na mão.
No país mais pobre e castigado do Caribe, um terremoto em uma escala de 07 graus de magnitude destruiu prédios e grande parte da cidade de Porto Príncipe (tragédia imprevisível). O país foi devastado e o caos impera. Pessoas alarmadas e em estado de incredulidade caminham sobre os escombros e dormem nas ruas a espera de socorro. Os sobreviventes choram a morte de seus entes queridos. Outros choram de dor, de fome e de sede. Outros choram ao ver parte de seus sonhos dizimados em uma nuvem de poeira. Vidas engolidas pelos escombros. Vidas encharcadas de sofrimento. Vidas brutalmente dilaceradas. O que restou é a incerteza... Estima-se que mais de 50 mil morreram na catástrofe mais violenta dos últimos duzentos anos no país. Os olhos e os corações do mundo estão voltados para o Haiti. Nesses casos a ação de solidariedade de diversos países para ajudarem o Haiti, me faz ter esperança. Esperança de um universo melhor e não de um futuro catastrófico. Esperança de que os países se unirão não apenas nos momentos de salvar vidas, resgatar corpos e ajudar a reconstruírem um país em catástrofes de dimensões gigantescas. Mas também para preservarem a natureza, evitando ou minimizando a reincidência de muitos acidentes climáticos, para que a vida de todos os seres terrestres possa fluir harmoniosamente junto com seus sonhos e esperanças de construírem um mundo melhor. Enquanto houver vida, a esperança não morre.
Se não desejar receber os textos, responda esse e-mail no assunto: REMOVER
Atenciosamente,
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Andreia Aparecida Silva Donadon Leal - Deia Leal
Diretora do Jornal Aldrava Cultural
Governadora do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais - MG
(31) 8431-4648
Telas: http://deia-leal.artelista.com/
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